sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Confiança


Isaías 40:12-14

Quem mediu as águas na concha da mão, ou com o palmo definiu os limites dos céus? Quem jamais calculou o peso da terra, ou pesou os montes na balança e as colinas nos seus pratos?
Quem definiu limites para o Espírito do Senhor, ou o instruiu como seu conselheiro?
A quem o Senhor consultou que pudesse esclarecê-lo, e que lhe ensinasse a julgar com justiça? Quem lhe ensinou o conhecimento ou lhe apontou o caminho da sabedoria?


Na caminhada cristã aprendemos algo essencial para andar com Cristo:

CONFIANÇA.

Quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador nas nossas vidas, entregamos as rédeas do nosso ser, para que Ele venha conduzi-las e deixamos de sermos nossos próprios “deuses”, para Cristo ser o Único Deus.


Já a confiança não é algo fácil de ser adquirido. Aprendemos à vida toda que não deveríamos confiar nos outros, pois todas as pessoas são gananciosas e egoístas, só querem tirar o proveito da situação para poder subir em cima de você. E como podemos entregar nossas vidas para alguém que não confiamos?

Na realidade a única que pessoa que verdadeiramente confiamos e acreditamos é o nosso “eu”, pois “ele” jamais desejará algo ruim para si mesmo. Quem já desejou algo ruim para o seu corpo? Ou quem planejou uma vingança para seu próprio ser? Nenhum louco faria isso. Até uma pessoa que deseja a morte, na realidade não quer morrer, mas quer colocar fim na dor que estão sentindo.

Como pessoas que confiam mais em si mesmo poderão entregar aquilo que é mais valioso: A VIDA, para alguém que nem ao menos pode ser visto?
CONFIANÇA entra na lista dos maiores desafios que o homem pode enfrentar:

CONFIAR EM DEUS.

Acreditar em algo que foi escrito há muitos séculos. Confiar mesmo quando não vemos nada. Acreditar em um Deus que se preocupa com você. Essas são umas das muitas coisas que os seguidores de Cristo têm que passar.

Essa confiança em Jesus requer renuncias, como: sonhos, desejos, família, futuro certo, planos, etc. Com isso faz com que aprendemos cada vez mais a confiar Dele. Devemos renunciar tudo por amor a Jesus, e isso faz com que coloquemos a confiança em jogo. Não DUVIDAR de Deus.
A DUVIDA é a maior rival da CONFIANÇA. Ninguém consegue confiar plenamente quando existe duvida no coração. E a maior arma da duvida é o QUESTIONAMENTO. Quando começamos a duvidar do que Deus estar fazendo, começamos a questioná-lo. “Será que verdadeiramente fiz a escolha certa?”; “Acho que estava equivocado quando fiz aquilo?”; “Deve ter sido o emocionalismo, eu estava muito emocionado quando tomei aquela decisão.” Perguntas que vem bombardeando o nosso intelecto, fazendo de tudo para que duvidemos da soberania de Deus.

Um dos motivos de ter feito Pedro afundar foi à falta de confiança no seu Mestre. Jesus disse para ele: Vem (Mt 14:29a). Pedro só saiu do barco por causa da ordem de Jesus, somente por Ele ter dito para ir. Porém, na caminhada essa confiança foi se acabando, fazendo com que Pedro afundasse (Mt 14:30).

Quando começamos a ficar com duvida, o MEDO entra em sena, fazendo com que toda confiança vá embora. Pedro havia acabado de deixar um lugar seguro (o barco) contra a tempestade para ter com Jesus. Ele renunciou uma segurança, de não afundar, deixou toda sua experiência de um marinheiro e abandonou sua confiança em si mesmo, para ir ter com Jesus, andando sobre as águas. Ele confiou no seu Mestre quando Ele disse: Venha Pedro.Mas no meio do caminho, duvidou. Sentiu medo dos ventos e das ondas. Deixou de acreditar no Mestre dos mestres, e começou afundar.

Da mesma maneira, nós agimos como Pedro. Dizemos a Deus que o seguiríamos não importa qual seja a situação. Não o abandonaríamos, não importa qual seja a tempestade. Mas quando o chuvisco se torna em um furacão, jogamos a CONFIANÇA fora e começamos a duvidar de Deus.

Questionamos sua soberania e damos palpite pela sua justiça.

Jó viveu exatamente isso. Ele questionou a justiça de Deus e queria saber onde havia errado, qual era o seu pecado: Ah, se eu soubesse onde encontrá-lo, e pudesse chegar ao seu tribunal! (Jó 23:3). Porém a resposta de Deus para Jó foi: Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Faze-mo saber, se tens entendimento. Quem lhe fixou as medidas, se é que o sabes? Ou quem a mediu com o cordel? Sobre que foram firmadas as suas bases, ou quem lhe assentou a pedra de esquina, quando juntas cantavam as estrelas da manhã, e todos os filhos de Deus bradavam de júbilo? Ou quem encerrou com portas o mar, quando este rompeu e saiu da madre; quando eu lhe pus nuvens por vestidura, e escuridão por faixas, e lhe tracei limites, pondo-lhe portas e ferrolhos. (Jó 28:4-10).

Quem somos nós para questionar a Deus e duvidar do que Ele esta fazendo? Existem momentos na vida em que renunciamos algo por causa de Cristo, e no meio do caminho duvidamos Dele, questionando.

Isaías perguntou para a nação de Israel: Quem definiu limites para o Espírito do Senhor, ou o instruiu como seu conselheiro?(Is 40:13) Assim como o povo de Israel, queremos dar palpite para Deus, dizendo como Ele deve fazer ou não. Quando as coisas saem fora dos eixos, queremos pegar novamente as rédeas da vida e conduzi-la da nossa maneira. CONFIAR em Deus tem que ser até o fim, não em determinados momentos.

Deus quer dirigir nossas vidas por completo, não pela metade. E se Ele pediu pra renunciar algo, não duvide, somente CONFIE. Pois ele sabe o que estar fazendo.
Romanos 8:28a diz: E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus. Uma das maiores prova de que amamos alguém e a CONFIANÇA. Se você confia em Deus é porque você o ama. E tudo que Deus ira fazer trará beneficio para sua vida.
Devemos aprender a confiar em Deus ao ponto de fecharmos os olhos deixando Ele guiar nossa vida.


Confie em Deus mesmo quando
não esteja vendo nada


Mélodi Modesto Campos
BSB-18/11/2009

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Tua Visão


Mateus 24:37-51

E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do homem. Então, estando dois no campo, será levado um, e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma, e deixada outra. Vigiai, pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa. Por isso, estai vós apercebidos também; porque o Filho do homem há de vir à hora em que não penseis. Quem é, pois, o servo fiel e prudente, que o seu senhor constituiu sobre a sua casa, para dar o sustento há seu tempo? Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os seus bens. Mas se aquele mal servo disser no seu coração: O meu senhor tarde virá; e começar a espancar os seus conservos, e a comer e a beber com os ébrios, virá o senhor daquele servo num dia em que o não espera, e à hora em que ele não sabe, e separá-lo-á, e destinará a sua parte com os hipócritas; ali haverá pranto e ranger de dentes.


Falar da vinda de Cristo, não é algo muito dito nas igrejas. E quando falam, ficam discutindo se vamos ser arrebatados ou não, se somos predestinados ou se temos livre arbítrio; se o ante cristo ira se levantar nessa geração ou não. Ficam fascinados com os acontecimentos do mundo: terremotos, tsuname, vulcões, enchentes, pai contra filho, filho contra pai. Uma lista sem fim.

Isso faz com que entremos em desespero e pânico. Perguntas ficam na nossa mente: “Será que tenho a vida eterna?” Com isso, preferimos não falar sobre esse assunto, já que traz um desconforto muito grande.

Particularmente não fico pensando muito sobre isso, vendo como o mundo está. Creio que a maior prova de que Cristo está voltando, é olhar para a Igreja. Jesus disse que nos últimos dias o amor de muitos iria se esfriar (Mateus 24:12). Desde que o mundo é mundo já aconteceram essas perseguições. Vemos isso no começo de tudo; Caim matou o seu irmão. Assim que o pecado entrou na terra já aconteciam essas coisas terríveis. Hoje vemos coisas piores porque o homem simplesmente rejeitou Deus e quis viver os seus próprios caminhos.

Porém a Igreja no decorrer dos anos não mudou. Vemos na historia como o evangelho cresceu de uma maneira extraordinária, através dos apóstolos ate chegar nos dias de hoje. Ficamos tão preocupados com os acontecimentos do mundo que esquecemos de olhar pra nós, a Noiva de Cristo. “O que a Igreja tem feito nesses últimos dias?”

Infelizmente estamos vivendo como nos dias anteriores do dilúvio. Comemos; bebemos; casamos; damos em casamento (Mateus 24:38a). Vivemos uma vida simples, porém, cheia de orgulho; vaidade; soberba; pensando em nós e nosso bem estar. Esquecendo completamente de vigiar.

A Bíblia se tornou um objeto de estudo, as historias não passam de apenas fabulas e as parábolas e ensinamentos de Jesus como: “Negue a si mesmo”; “ame o seu próximo” “se pedirem que ande uma milha, ande duas”; “não julgues”; “tome a sua cruz”; “se baterem na sua face, de a outra”; “entregue tudo ao Pai”; “perdoa os que humilham”; “seja servo”; ou “ore por seus inimigos”, se tornaram apenas metáforas. Jesus estava falando só no sentido figurado.

Não queremos renunciar a nossa vontade. Queremos fazer a vontade de Deus, mas no fundo a nossa vontade tem que ser a de Deus. Queremos viver somente os nossos caminhos. E quando as coisas não saem do nosso jeito, dizemos: “Foi da vontade de Deus que não deu certo”. A vontade de Deus se tornou uma desculpa pra não dizer que erramos.

Temos deixado que o mundo nos molde. Nosso coração tem sido corrompido pelo sistema mundano. Perdemos completamente a nossa identidade como Noiva fazendo com que percamos a nossa visão. Toda semana vamos para igreja, cantamos, dançamos, pulamos, recolhemos o dizimo, ouvimos a mensagem e voltamos para casa. Passamos o resto da noite pensando como Deus poderá nos abençoar, qual jejum ou voto que devemos fazer pra receber aquela benção. Fazemos isso como um ritual e não algo prazeroso de estar reunido com os irmãos para adorar a Deus.

Aprendemos a olhar somente pra nosso umbigo: ‘O importante é o MEU bem estar. Tenho que preocupar com a comida, bebida e arranjar um casamento. Porque é isso que Deus quer dar pra “seus filhos”.’ Porém, os dias têm passado como nos dias de Noé, e ninguém percebeu que Noé e sua família entraram na arca.

A Noiva de Cristo tem perdido sua visão, plano e propósito aqui na terra. Fazendo com que se perca sua identidade aqui nesse mundo. O seu amor tem esfriado. O sistema mundano corrompeu nosso coração. Queremos viver o que sistema diz: nascemos, crescemos, estudamos em boas escolas, fazemos faculdade, conseguimos um bom emprego, tiramos carteira de motorista, namoramos, casamos,compramos o primeiro apartamento, somos promovidos (graças ao Senhor, porque temos dado o dizimo na igreja), temos o primeiro filho, compramos uma casa própria fazemos viagens nas férias, deixamos um ensinamento para os filhos: “quer ser alguém, estude muito” e morremos (alguns esperam que sejam arrebatados). Esse é o resumo da vida que temos vivido. Não muito diferente do tempo de Noé.

Não estou dizendo que é errado fazer essas coisas, mais fazer com que isso se torne o seu objetivo de vida é terrível, é simplesmente abraçar aquilo que o mundo tem oferecido. Apegamos-nos muito com essa vida. Queremos mais que tudo ser bem sucedido, ter uma vida tranquila e estável. E onde se encontra a Noiva de Cristo imaculada que Cristo vem buscar?
Seguir a Cristo é negar o sistema e o que o mundo diz. É viver completamente depende de Deus.


Não saber o que o amanhã irá trazer, mas saber que o outro dia pertence a Deus. Muitos pensam que seguir a Cristo só acontecia na época dos apostolo e hoje Deus não age assim. Foi Deus quem mudou ou fomos nós que mudamos?

Fazer a vontade do Pai é renunciar tudo, nossos bens, títulos, estatutos, enfrentar o sistema. São poucos que fazem isso. Porém, sei que existem alguns remanescestes. Aqueles que não deixaram se corromper. Eles têm um desejo absurdo de buscar a Deus e fazer a vontade do Pai, entregando suas vidas para que não vivessem para si. Não pensam em ser alguém e conseguir algo em troca, largando os seus próprios sonhos para realizar os sonhos daquele quem os chamou. Pessoas que deixaram casas, amigos, faculdades, um futuro “brilhante”, para buscar e restar à visão.O seu desejo mais profundo é agradar o coração do seu Mestre (Mateus 24:45-46).
Ter esse coração é para aqueles que são corajosos. Ter a visão de Cristo é para todos que procuram sacrificar o seu ‘eu’. Viver nesse mundo corrupto e sujo não é fácil. Porém, sabem que vale a pena. Por que: “Bem-aventurado aquele servo que o seu senhor, quando vier, achar servindo assim. Em verdade vos digo que o (Senhor) porá sobre todos os seus bens.” (Mateus 24 46-47).

Pai, perdoa pela nossa ignorância. Dizemos que somos mais sabeis do que nossos antepassados, mas perdemos a Tua visão, não seguimos a Cristo,e não aprendemos a viver seu reino aqui na terra. Perdoa-nos por ter ignorado a Sua presença querendo só as Tuas bênçãos. Limpa o nosso coração para que possamos ter novamente a visão. Cobre-nos com Teu sangue e que possamos seguir o Senhor de perto, porque de longe o negamos.
Obrigada pela Tua misericórdia que se renovam todos os dias.

Quero ter Tua Visão novamente!!!



Tua Visão

Tua visão pra minha vida é o que eu quero ter
Os Teus propósitos pra mim vou viver
Nenhuma outra ambição pra conquistar
Somente uma motivação de Te agradar

Limpa o meu coração deste mundo mau
Ensina-me a viver Teu reino aqui
Tu me deste Tua vida pra que eu não viva mais pra mim
Olhar somente a Ti
Viver só para Ti
Não me perder de Ti
(Ana Paula Valadão -Tua Visão-DT 12)

Mélodi Modesto Campos
BSB-04/11/2009

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Humildade em Forma de Servo

Humildade



Filipenses 2:3-11

Nada façam por ambição egoísta ou vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros. Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus, que, embora sendo Deus não considerou que o ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se; mas esvaziou-se a si mesmo, vindo a ser servo tornando-se semelhante aos homens. E, sendo encontrado em forma humana, humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.


SE HUMILHAR....

Temos hoje uma definição muito erronia dessa palavra: HUMILHAÇÃO. Pensamos que se humilhar tem haver em fazer algo que ninguém quer fazer, principalmente se for algo “nojento”, aquilo que todos desprezam e zombam, algo feito sem alegria e prazer. Se pararmos pra pensar, achamos que sinônimo de humilde é aquele que não assume quem é, não aceita elogios, porem, aceita qualquer coisa para trabalhar e não sabe dizer não para alguém que lhe pediu; e não recebe remuneração pelo que fez.
De uma certa forma, ser humilde requer alguma coisa disso, mas não tudo.
Conforme o dicionário, HUMILHAR significa: Submeter-se; render-se; prostrar-se.

Submeter a que? Render a quem? Prostrar o que?

São essas três perguntas a serem feitas. Conforme a Bíblia fala, devemos submeter à vontade de Deus, render ao Senhor dos senhores e dobrar o nosso ego. Humilhar requer renuncia no nosso eu, vontade, desejos e acima de tudo SERVIR. A humildade anda de mãos dadas com a servidão. Todo servo é humilde.
O verdadeiro servo não se preocupa se ira receber elogios ou aplausos. Mesmo que venha a receber, agradece com um sorri sabendo que toda honra e gloria pertence ao seu Senhor. Ele não reconhece que é melhor do que o outro, sempre considera o seu próximo superior a si mesmo.
É exatamente isso que relata o livro de Filipenses. Paulo fala que não podemos fazer as coisas por egoísmo para nos auto-promover e ser bem sucedido na vida. Porem, tem atitude de humildade, considerando o outro superior a si mesmo (Filipenses. 2:3).
A nossa vontade grita muito mais alto do que a vontade de Deus. Sempre queremos receber aplausos e elogios dos lideres, principalmente se são lideres espiritual.
Querer ajudar o próximo acima de qualquer coisa. Mesmo que não venhamos receber um obrigado, isso está totalmente fora de cogitação. “O importante é eu estar bem com minha vida e meu bem estar. Eu batalhei para alcançar as coisas. O outro que tem que se virar como eu me virei.” São esses tipos de pensamento que temos. Não temos uma preocupação verdadeira com a pessoa que vemos toda semana. Não queremos saber qual são os seus sonhos, projeto de vida, obstáculos que está enfrentado. “Eu ajudar o outro? Sou eu quem esta precisando de ajuda.” Só ajudamos aquele que sabemos que um dia ira nos dar algo em troca.
Jesus se esvaziou da sua gloria para estar no meio daqueles que os desprezavam. Deixou todo o seu reio incorrupto para vir em um reino completamente corrupto. Rejeitou os seus manjares para se humilhar em uma terra que simplesmente O negou. E nós simplesmente queremos ser “deuses”. Tornamos auto-suficientes, não precisamos de ajuda de ninguém, temos o poder de fazer tudo e resolver todos os nossos problemas.
Jesus sendo Deus, esvaziou-se de toda sua gloria e veio em forma de servo. Não a forma de rei, príncipe, general, comandante, rabino ou mestre da lei. Porem veio como um simples SERVO. Nenhum momento queria gloria, aplausos, reconhecimento de outras pessoas. Sempre fazia tudo o que Seu Pai pedia. Além de viver essa vida tão desprezada pelo sistema, morreu como um traidor de sua nação. A pior de todas as mortes. Morte de cruz.
Ser um verdadeiro cristão é tornarmos como Cristo, fazer aquilo que Ele pediu para fazer. Em um determinado momento da vida de Jesus, Ele chegou aos seus discípulos e disse: “Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz, e siga-me.” (Mateus 16:24) Sua vida é a prova de seu pedido, Ele negou a sua vontade para fazer a vontade do Pai (Mateus 26:39). E carregou a cruz em favor de toda a humanidade, se humilhando ao ponto de morrer em uma cruz de madeira.
Devemos fazer como Cristo. Nos humilhar ao ponto de esvaziar todo nosso ser, assumindo a forma de servo, ajudando o próximo. Nosso ego e vontades devem ser negados por nós todos os dias. Devemos nos preocupar mais com aqueles que encontramos toda a semana. Será que preocupamos tanto com eles ou simplesmente falamos se estar tudo bem porque é um meio educado de cumprimentamos as pessoas?
O propósito de Cristo não era de receber alguma honra ou gloria. Ele fez tudo isso para glorificar o nome do Pai (Filipenses 2:11b), e Pai o exaltou por ter O glorificado.

Temos nos humilhado ao ponto de Deus ser exaltado ou nós somos exaltados e Deus humilhado?

Humilhe-se em forma de Servo

Quem quiser após mim negue-se a si mesmo
Quem quiser me seguir tome a sua cruz
Dia após dia negue-se a si mesmo
Dia após dia tome a sua cruz
Quem quiser após mim negue-se a si mesmo
Ainda existe uma cruz pra você carregar
Não se deixe enganar a porta é estreita
O caminho é ardo pra você trilhar
Não se deixe enganar, ainda existe uma cruz
Ainda existe um preço apagar
Quem achar a sua vida a perderá
Quem perder sua vida por amor de mim a encontrara
Dia após dia negue-se a si mesmo
Dia após dia tome a sua cruz
Quem perder sua vida por amor de mima encontrara
Ainda existe uma cruz, ainda existe um morrer
Ainda existe uma cruz, uma batalha a vencer
Ainda existe uma cruz

Mélodi Modesto Campos

15/10/2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Carta ao Apóstolo Paulo

Conta-se que o Apóstolo Paulo enviou seu currículo para uma determinada Junta de Missões oferecendo-se para trabalhar como missionário. Depois de algumas semanas, o Secretário da Junta escreveu-lhe esta carta, justificando por que não poderia aceitá-lo.

Ao Reverendo Saulo Paulo, Missionário Independente em Roma, Itália
Caro Sr. Paulo:
Recebemos recentemente seu currículo, exemplares de seus livros e o pedido para ser sustentado pela nossa Junta como missionário na Espanha. Adotamos a política da franqueza com todos os candidatos. Fizemos uma pesquisa exaustiva no seu caso. Para ser bem claro, estamos surpresos que o senhor tenha conseguido até aqui "passar" como missionário independente.Soubemos que sofre de uma deficiência visual que, algumas vezes, o incapacita até para escrever. Essa certamente é uma deficiência grande para qualquer pessoa. Nossa Junta requer que o candidato tenha boa visão, ou que possa usar lentes corretoras.

Em Antioquia, o senhor provocou um entrevero com Simão Pedro, um pastor muito estimado na cidade, chegando a repreendê-lo em público. O senhor provocou tantos problemas que foi necessário convocar uma reunião especial da Junta de Apóstolos e Presbíteros em Jerusalém. Não podemos apoiar esse tipo de atitude.

Acha que é adequado para um missionário trabalhar meio turno em uma atividade secular? Soubemos que fabrica tendas para complementar seu sustento. Em sua carta à igreja de Filipos, o senhor admite que aquela é a única igreja que lhe dá algum suporte financeiro. Não entendemos o porquê, já que serviu a tantas igrejas.

É verdade que já esteve preso diversas vezes? Alguns irmãos nos disseram que passou dois anos na cadeia em Cesaréia e que também esteve preso em Roma, e em outros lugares. Não achamos adequado que um missionário da nossa Junta tenha folha corrida na Polícia.

O senhor causou tantos problemas para os artesãos em Éfeso que eles o chamavam de "o homem que virou o mundo de cabeça para baixo". Sensacionalismo é totalmente desnecessário em Missões. Deploramos, também, o vergonhoso episódio de fugir de Damasco escondido em um cesto.

Estamos admirados em ver sua falta de atitude conciliatória. Os homens elegantes e que sabem contemporizar não são apedrejados ou arrastados para fora dos portões da cidade, tampouco são atacados por multidões enfurecidas. Alguma vez parou para pensar que palavras mais amenas poderiam ganhar mais ouvintes? Remeto-lhe um exemplar do excelente livro "Como Ganhar os Judeus e Influenciar os Gentios", de Dálio Carnego.

Em uma de suas cartas, o senhor referencia a si mesmo como "Paulo, o velho". As normas de nossa Missão não permitem a contratação de missionários além de uma certa idade.
Percebemos que é dado a fantasias e visões. Em Trôade, viu "um homem da Macedônia" e em outra ocasião diz que "foi levado até o Terceiro Céu e que ouviu palavras inefáveis". Afirma ainda que viu o Senhor e que ele o confortou. Achamos que a obra de evangelização mundial requer pessoas mais realistas e de mente mais prática.

Em toda a parte por onde andou, o senhor provocou muitos problemas. Em Jerusalém, entrou em conflito com os líderes do seu próprio povo. Se alguém não consegue se relacionar bem com seu próprio povo, como pode querer servir no exterior? Dizem que tem o poder de manipular serpentes. Na ilha de Malta uma víbora se enroscou no seu braço, picou-o, mas nada lhe ocorreu. Isso soa muito estranho para nós. O senhor admite que enquanto esteve preso em Roma, "todos o esqueceram". Os homens bons nunca são esquecidos pelos seus amigos. Três excelentes irmãos, Diótrefes, Demas e Alexandre, o latoeiro, disseram-nos que acharam impossível trabalhar com o senhor e com seus planos mirabolantes.

Soubemos que teve uma discussão amarga com um colega missionário chamado Barnabé e que acabaram encerrando uma longa parceria. Palavras duras não ajudam em nada a expansão da obra de Deus.

O senhor escreveu muitas cartas às igrejas onde trabalhou como pastor. Em uma delas, acusou um dos membros de viver com a mulher de seu falecido pai, o que fez a igreja ficar muito constrangida e a excluir o pobre rapaz.

O senhor perde muito tempo falando sobre a segunda vinda de Cristo. Suas duas cartas à igreja de Tessalônica são quase totalmente devotadas a esse tema. Em nossas igrejas, raramente falamos sobre esse assunto, que consideramos de menor importância.

Analisando friamente seu ministério, vemos que é errático e de pouca duração em cada lugar. Primeiro, a Síria, depois, Chipre, vastas regiões da Turquia, Macedônia, Grécia, Itália, e agora o senhor fala em ir à Espanha. Achamos que a concentração é mais importante do que a dissipação dos esforços. Não se pode querer abraçar o mundo inteiro sozinho.

Em um sermão recente, o senhor disse "Longe de mim gloriar-me, a não ser na cruz de Cristo". Achamos justo que possamos nos gloriar na história da nossa denominação, no nosso orçamento unificado, no nosso Plano Cooperativo e nos esforços para criarmos a Federação Mundial das Igrejas. Seus sermões são muito longos. Em certa ocasião, um rapaz que estava sentado em um lugar alto, adormeceu após ouvi-lo por várias horas, caiu e quase quebrou o pescoço. Já está provado que as pessoas perdem a capacidade de concentração após trinta ou quarenta minutos, no máximo. Nossa recomendação aos nossos missionários é: Levante-se, fale por trinta minutos, e feche a boca em seguida.

O Dr. Lucas nos informou que o senhor é um homem de estatura baixa, calvo, de aparência desprezível, de saúde frágil e que está sempre agitado, preocupado com as igrejas e que nem consegue dormir direito à noite. Ele nos disse que o senhor costuma levantar durante a madrugada para orar. Achamos que o ideal para um missionário é ter uma mente saudável em um corpo robusto. Uma boa noite de sono também é indispensável para garantir a disposição no trabalho no dia seguinte.

A Junta prefere enviar somente homens casados aos campos missionários. Não compreendemos nem aceitamos sua decisão de ser um celibatário permanente. Soubemos que Elimas, o Mágico, abriu uma agência matrimonial para pessoas cristãs aí em Roma e que tem nomes de excelentes mulheres solteiras e viúvas no cadastro. Talvez o senhor devesse procurá-lo.

Recentemente, o senhor escreveu a Timóteo dizendo que "lutou o bom combate". Dificilmente pode-se dizer que a luta seja algo recomendável a um missionário. Nenhuma luta é boa. Jesus veio, não para trazer a espada, mas a paz. O senhor diz "lutei contra as bestas feras em Éfeso". Que raios quer dizer com essa expressão?

Pesa-me muito dizer isto, irmão Paulo, mas em meus vinte e cinco anos de experiência, nunca encontrei um homem tão oposto às qualificações desejadas pela nossa Junta de Missões. Se o aceitássemos, estaríamos quebrando todas as regras da prática missionária moderna.
Sinceramente,

A. Q. Cabeçadura Secretário da Junta de Missões.
Autor desconhecido